domingo, 21 de março de 2010

(Dia mundial da poesia) ENTÃO, QUE AVANCEM: OS POETAS

A PORTA Alguma coisa fora de mim está escondida em mim como um coração exterior Às vezes canta mesmo a meu lado com a minha voz como se tivesse eu cantado Talvez estas lágrimas não me pertençam nem este momento nem este sentimento de este sentimento Que rosto real me olha e se vê? Que porta física tenho que passar? (Manuel António Pina, “poesia reunida”, ed. Assírio & Alvim) _________________ REZA DA MANHÃ DE MAIO Senhor, dai-me a inocência dos animais Para que eu possa beber nesta manhã A harmonia e a força das coisas naturais. Apagai a máscara vazia e vã De humanidade, Apagai a vaidade, Para que eu me perca e me dissolva Na perfeição da manhã E para que o vento me devolva A parte de mim que vive À beira dum jardim que só eu tive. (Sophia de Mello Breyner Andresen, “Dia do Mar” Ed. Caminho)

terça-feira, 9 de março de 2010

O apertar...

Perto, o apertar do cinto, do Jaacinto. (PEC2010)

segunda-feira, 8 de março de 2010