terça-feira, 25 de março de 2008

A GEOGRAFIA DOS POEMAS

A GEOGRAFIA DOS POEMAS Creio na geografia dos poemas e suas meticulosas Artes de emoldurar a teia inexplicável do silêncio. Se cio Houver creio ainda no perfume das rosas. Comecei a pensar no México como se lá estivera E afirmo nesta batalha campal de papel Pel’ A minha honra que afrontarei, de Hamlet, qualquer fera. Não sou expedito na transfiguração imanente, Leio mais no sol da terra as evidências da lâmina Por que fosse ou fora discípulo, de armas, consciente. Mas quando reverto de Henri Michaud suas paisagens, um som Sei nos limites da escrita a conjugação d’artes e mescalina Navegando mares p’las manhãs claras ao lado de Agamémnon. (José-Alberto Marques, HIPERLÍRICAS, Campo das Letras – Editores, S.A.,2004)

sábado, 22 de março de 2008

domingo, 16 de março de 2008

À LUZ DAS ESTRELAS


À luz das estrelas
o seu olhar
emprestava.
Passado
algum tempo
todo o universo
a mirava.

(João Alexandre, Emoções, Edição: CM de Belmonte)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Afonso Duarte - 50 anos depois

(Comemorações dos 50 anos sobre a morte de Afonso Duarte.
Afonso Duarte (1884-1958). Montemor-o-Velho
Mais informações em www.cm-montemorvelho.pt)

EPIGRAMA

Há só mar no meu País.
Não há terra que dê pão:
Mata-me de fome
A doce ilusão
De frutos como o sol.

Uma onda, outra onda,
O ritmo das ondas me embalou.
Há só mar no meu País:
E é ele quem diz,
É ele quem sou.


(De Ossadas
Poema seleccionado por José Ribeiro Ferreira,
rotário e docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)