1. A sobralidade estava ali. Viva e actuante. E era uma festa: Um carro de bois, sem bois, parado e livre. A garotada fazia então a festa, deitava os foguetes e apanhava as canas. A alegria era Rainha. Quem não gostava nada, mesmo nada era o dono do carro. O carro era o seu ganha pão. E quando se dava conta da invasão podiam chover pedras. Um fueiro ou, o mais grave, o tiro do carro partido era fundamento para a chuvada.
O dono do carro de bois era o Ti-José (clégio).
Terá sido o último carro de bois no Sobral?
2. A foto é da segunda metade da década de 1970/1980. E se bem me lembro, um dos garotos era um dos filhos da Sra. Ermelinda; a garota logo atrás do rapaz que está de perfil era filha do Zé do Carro (taxista e Presidente da Junta); as outras garotas eram filhas da Sra. Maria Geraldes. E estava “estacionado” detrás da Sacristia junto duma casa que foi comprada pelo Ti-João (Serrão).
Que será feito destes e destas senhoras, nesse dia tão felizes?
Constou-me que ainda existem no Sobral restos deste carro de bois.