sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

(Quadro 14 - Ordem de citação dos produtos agrícolas em 1734)



2 - PASTORÍCIA

Segundo as informações de 1734 Aldeia de Carvalho tinha o privilégio de apascentar o gado miúdo nos coutos da Covilhã até 25 de Março. O convento de Nª Sª de Guadalupe, na Estremadura espanhola, podia apascentar 15 mil ovelhas na Serra da Estrela.

3 - INDÚSTRIA

O Pe. Cabral de Pina noticía que, além da Real Fábrica, com pisão, tinte e prensa, havia na Covilhã 65 teares, 15 pisões, 14 tendas de tosar e prensar e 10 tintes (dois eram de azul de dorna).

4 - FEIRAS

O Pe. Cabral de Pina não citou a feira de S. Miguel e afirma que todas elas são francas.

5 - POPULAÇÃO

No Dicionário Geográfico Boidobra aparece com 83 fogos e Casegas com 89, quando para o prior de S. Silvestre contava 80.

6 - HOMENS ILUSTRES

a - Desembargador Manuel de Sequeira Castelo Branco
Filho de Filipe Caldeira Castelo Branco e D. Beatriz Machado; neto paterno de António Delgado da Costa e D. Antónia de Sequeira; neto materno de Pedro Vaz Fragoso e D. Maria Machado. Natural da Covilhã, viu aprovadas em 1679 as suas diligências para leitura no Desembargo do Paço
[1].

b - Desembargador Manuel Monteiro de Sande e Sousa
Natural da freguesia do Socorro, Lisboa, faleceu na Covilhã a 8-9-1695. Desembargador na Relação do Porto e Síndico da Câmara de Lisboa. Casou a 25-12-1662, Covilhã, com D. Maria Teles de Eça, filha de João Homem de Eça Teles e D. Isabel Ribeiro Sardinha; neta paterna de António da Costa Teles e D. Genebra Mendes de Almeida; neta materna de Diogo Sardinha (familiar do Stº Ofício por carta de 1590) e D. Beatriz Esteves.

c - Ten.- General João Ferreira Feio de Gouveia Tavares
Filho de João Ferreira Feio e D. Maria Teixeira Tavares; neto paterno de João Ferreira Feio, governador de Alfaiates, natural de Moimenta da Serra, e de D. Isabel da Serra, Unhais da Serra; neta materna de Sebastião Fernandes Carrega e D. Maria Teixeira. Casou a 19-4-1700 (S. Pedro de Gouveia) com D. Maria de Vasconcelos, filha do padroeiro das igrejas de Orjais e Verdelhos, João Mendes de Vasconcelos.

d - Frei D. Domingos Barata
Natural da Erada. Religioso da Ordem da Trindade, lente de Teologia na Universidade de Coimbra. Qualificador e deputado do Stº Ofício por provisão de 23-11-1869
[2], veio a pregar o sermão no Auto de Fé realizado em Coimbra a 14-6-1699[3]. Bispo de Portalegre (1707-1713), onde faleceu a 27-4-1733.
Filho de Manuel Fernandes Rombo e D. Maria Barata; neto paterno de Pedro Fernandes Rombo e D. Ana Nunes (Cortes do Meio); neto materno de Manuel Barata (de Álvaro) que veio casar à Erada com Catarina Fernandes a 3-5-1579.

e - Frei Gabriel Barata da Guerra
Sobrinho de D. Domingos Barata. Baptizado na Erada a 13-9-1681. Faleceu a 6-4-1749. Filho de Manuel Dias Ferreira e D. Maria Barata; neto paterno de Pedro Dias da Guerra e Maria Ferreira (Paúl); neto materno de Manuel Fernandes Rombo e D. Maria Barata.
Freire professo da Ordem de S. Bento de Avis e colegial no Colégio Real das Ordens Militares (708) de que veio a ser Reitor. Na Universidade de Coimbra regeu as cadeiras de Clementinas (1737), Decreto (1739) e Prima (1748). Deputado do Stº Ofício (Provisão de 23-1-1740
[4]).

7 - APRESENTAÇÃO ÀS IGREJAS E BENEFÍCIOS

a - João Tristão da Cunha Brandão Castelo Branco
Fidalgo da Casa Real, familiar do Stº Ofício (por carta de 28-11-1733
[5]), natural e morador em Moimenta da Serra. Filho de Manuel Soares de Carvalho, cavaleiro da Ordem de Cristo, governador de Buarcos e Figueira da Foz, e D. Antónia Micaela de Carvalho Brandão; neto paterno de Simão de Carvalho e D. Francisca Soares de Araújo; neto materno de Tristão de Carvalho da Cunha e D. Ângela Brandão. Casado com D. Maria Brandão de Moura, de Galizes, filha de Miguel Brandão e D. Maria Marques de Moura.

b - Manuel Robalo Tavares
Natural de Gonçalo. Filho de Manuel Robalo Tavares e D. Maria de Vasconcelos (de Gouveia, onde casaram a 89-1707); neto paterno de Manuel Robalo Tavares e D. Maria Fragoso; neto materno de Francisco Machado de Vasconcelos (por cujo intermédio recebeu o padroado da igreja) e D. Bárbara de Aragão Cabral.

c - Pe. Luís Paulo Bandeira Portugal
Nasceu na freguesia de S. Silvestre a 4-7-1715. Filho do Dr. Domingos Antunes Geraldes Portugal (Alpedrinha) e D. Antónia Maria Josefa Bandeira; neto paterno de Francisco Nunes Portugal e D. Maria Geraldes; neto materno de Luís de Mesquita Bandeira e D. Clara Cardoso.

d - Pe. Filipe da Costa Freire
Filho de Sebastião da Costa Freire, boticário na Covilhã, capitão de ordenanças, familiar do Stº Ofício por carta de 28-7-1730
[6] e D. Cecília Maria Cardoso; neto paterno do Ldº José da Costa e D. Catarina de Sena Coelho; neto materno de Boaventura Coelho e D. Isabel Salvado, do Fundão.

e - Filipe de Macedo Feio Castelo Branco
Filho de José de Macedo Feio Castelo Branco e D. Mariana de Barbedo Sousa e Olival; neto paterno de Bernardo de Macedo Feio Castelo Branco e D. Teresa da Costa Castelo Branco; neto materno de Sebastião Leitão da Cunha e D. Maria da Serra.
Filipe de Macedo casou em Stª Maria a 22-9-1757 com D. Maria Teresa de Eça Teles, filha de Henrique Homem de Eça Teles, Paúl, e D. Isabel Teresa Cabral de Figueiredo.
Filipe de Macedo era irmão de José Bernardo que, apesar da fama de cristã nova da sua avó materna, conseguiu a nomeação de familiar do Stº Ofício (por carta de 1734
[7]). Aliás, a esta fama encontra-se ligado Frei Domingos Barata.
Queria o bispo de Portalegre casar seu sobrinho Luís Afonso de Almeida com Serafina, filha de Sebastião Leitão da Cunha. Pousava o bispo em casa dos pais da noiva quando apareceu em seus aposentos um cartaz anónimoinfamando a pureza de sangue de Maria da Serra.
D. Domingos Barata pediu a Sebastião da Cunha que se fizesse familiar do Stº Ofício para calar os boatos.
Como este recusasse o noivado acabou.
Veio a noiva a casar com Bernardo de Macedo enquanto a irmã Mariana desposou o irmão José de Macedo.
Mariana de Barbedo viu indeferida a sua habilitação para o Stº Ofício em 1724
[8]. O Comissário Francisco da Silva Manuel reafirma a sua informação de há 15 anos sobre a fama de cristã nova de Isabel Gomes, avó de Maria da Serra.

8 - CÔNGRUA

Manuel Henriques da Silva
Natural de Joaria, A dos Francos, Óbidos, veio para a Covilhã onde seu tio Francisco da Silva Manuel era prior de Stª Maria, além de comissário do Stº Ofício. Filho de José Henriques e D. Maria da Conceição; neto paterno de Ambrósio Lopes e Maria Henriques; neto materno de João Francisco e Maria Francisca. Casou na Covilhã com D. Inês Botelho de Proença, filha do capitão João dos Santos Botelho e D. Catarina Esteves. Manuel Henriques foi nomeado familiar do Stº Ofício por carta de 8-7-1721
[9].

9 - IGREJAS E CAPELAS

Pe. Dr. Manuel Migueis (ou Miguens) do Rio
Natural de Montalvão, foi prior do Tortosendo e, mais tarde, na Covilhã. Comissário do Stº Ofício (Prov. de 9-1-1671
[10]).
Filho de Simão Rodrigues Migueis e D. Maria do Rio; neto paterno de António Migueis, Fidalgo da Casa Real e Leonor Pires; neto materno de João Vaz e Leonor Dias.

10 - PÁROCOS

a - Jerónimo de Sousa Nogueira
Natural da Covilhã, comissário do Stº Ofício (Prov. de 28-2-1745
[11]). Filho de Jerónimo de Sousa e D. Ana Maria Nogueira; neto paterno de Vicente Rodrigues Queixada e Ana de Sousa, naturais de Castelo Novo; neto materno de Bento Nogueira e Guiomar de Sequeira.

b - Bach. Pedro Nunes Nogueira
Nasceu no Tortosendo a 19-10-1702. Filho de Manuel Lourenço, Viseu, e Ana Nunes Nogueira; neto paterno de Baptista Lourenço e Domingas Francisca; neto materno de Gaspar Pires e Brites Nunes. Casou com Guiomar Teresa de Sousa, irmã do Pe. Jerónimo de Sousa Nogueira. Depois de enviuvar tomou ordens sacras. Comissário do Stº Ofício (Provisão de 27-3-1753
[12]) e Protonotário Apostólico.

c - Luís Pinheiro Mendes
Natural da Covilhã, era irmão do Arcebispo de Lacedemónia António Bonifácio Coelho. Comissário do Stº Ofício (Provisão de 29-2-1748
[13]). Filho de José Mendes Pinheiro e D. Maria Coelho; neto paterno de Luís Pinheiro e Domingas Pinheiro; neto materno de João Cardoso e Inês Coelho.

d - D. Bernardo da Cruz
Dos Cónegos Regrantes de Stº Agostinho, doutorado em teologia, de que foi lente no Colégio da Sapiência. Qualificador do Stº Ofício (Provisão de 30-2-1707
[14]). Filho de Tomé Chichorro Pinheiro, Montemor-o-Velho, e D. Maria de Abreu de Figueiredo, Lourosa.

e - Tomás da Costa Freire
Nasceu na freguesia de S. Martinho a 24-10-1696. Notário do Stº Ofício por Provisão de 3-8-1731
[15]. Faleceu a 4-1-1762.
Filho do Ldº José da Costa e D. Catarina de Sena Coe-lho; neto paterno de Diogo Luís de Andrade e D. Isabel de Andrade; neto materno de Sebastião Botelho e D. Maria Coelho.

f - Luís Diogo da Costa
Nasceu na Covilhã a 14-9-1711. Filho de Luís Mendes da Costa (fam. do Stº Ofício por carta de 23-1-1722
[16]) e D. Maria Coelho Cardoso; neto paterno de Diogo Luís de Andrade e D. Isabel de Andrade; neto materno do capitão Manuel Balseira Ravasco e D. Maria Cardoso Coelho.

g - Manuel Nogueira de Moura
Falecido com 55 anos na Covilhã a 7-9-1767, era natural da Sertã. Filho do Dr. Manuel Nogueira de Moura, Pampilhosa, e D. Maria Josefa Pinto de Queirós, Sertã.

h - João Paulo Baptista
Natural da Covilhã. Comissário do Stº Ofício por Provisão de 15-2-1765
[17]. Filho de Joaquim Baptista e Engrácia Maria; neto paterno de João Baptista Pais e Ana Maria; neto materno de António Pinheiro Mendes e Teresa Sanches.

i - Boaventura de Abranches Pinto
Filho de Manuel Duarte da Trindade (S. Romão) e D. Isabel de Abranches Quaresma (Paúl); neto paterno de Simão Duarte e Luísa Mendes, S. Romão; neto materno de Genésio Pinto de Abreu Castelo Branco, Loriga, e D. Catarina de Abranches Quaresma, Torroselo.

j - Francisco Correia Xara de Albuquerque
Nasceu na Covilhã a 18-11-1699 e aí faleceu a 14-2-1766. Filho de José Homem de Brito Freire Castelo Branco e D. Teresa de Jesus Correia Coelho; neto paterno de José Homem de Brito e D. Maria Correia Castelo Branco; neto materno de Estêvão Correia Xara e D. Maria Coelho de Albuquerque.

l - Manuel Barata
Natural do Barco, faleceu em Unhais a 28-5-1768. Filho de Manuel Antunes Preto e D. Inês Barata.

m - Manuel Fernandes Laranjo
Faleceu com 60 anos em 21-10-1768. Seria parente, provavelmente neto, do mestre de campo de igual nome, falecido no Porto em 1671, mas natural da Covilhã.

n - Manuel Lopes de Campos (+ 6-9-1759)

[1] - ANTT - Desembargo do Paço, maço 2, nº 22
[2] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 50, nº 818.
[3] - Publicado em 1717 na Oficina da Universidade de Évora.
[4] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 3, nº 25...
[5] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 66, nº 1236.
[6] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 9, nº 165
[7] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 174, nº 4173.
[8] - ANTT, Habil. Incompletas do Stº Ofício, maço 36, nº 18.
[9] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 26, nº 1633.
[10] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 19, nº 86.
[11] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 8, nº 138.
[12] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 29, nº 526.
[13] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 33, nº 451
[14] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 14, nº 508.
[15] ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 3, nº 49.
[16] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 14, nº 307
[17] - ANTT, Habil. Stº Ofício, maço 128, nº 1996

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