


E naquelas manhãs
mornas de Outono,
do ritual dos gestos, o grão espreguiçava-se pelo estendedouro e adormecia.
Ao cair da tarde, só que fosse uma brisa amena era uma bênção!
E tínhamos: água, moinho, fermento, forno.
E sentíamos:
a mesa e o pão.
(No chão
o gato com(er)ia as miolas)
7 comentários:
Nessas tardes,só havia futebol de trapeira depois de as mulheres erguerem e,ou,medirem o milho.Enquanto durava a azáfama,lá descobriamos um recanto onde jogar o pião,ou outro jogo que não interferisse com o trabalho. O Cabecinho de Baixo era o campo de treinos da pequenada que mal acabava a Escola para ali se dirigia.E que Bandos de rapazes ali se divertiam...Saudades dos jogos,dos garotos de então, das debulhas, do milho ,do pão.
Enfim Saudades.... desses tempos que nao voltam mais.
Pâo de milho, de centeio ou de cevada, trigo?... muito raro nos meus tempos de criança.
E o gato sim a espera das miolas que raramente caiam da mesa.
Porque ele também tinha a sua tarefa a fazer, que era de caçar os ratos, por vezes quase do tamanho dele.
O Cabecinho da minha infância...
o de Baixo e o de Cima!
E os "custis" no milho...a secar
à espera dos pardais
com o engodo dos "carneiros".
A espreitar!
E os jogos de futebol
"Real Madrid X Portugal"
e as "salgadelas" dos mais velhos
junto à figueira...
No Cabecinho de Baixo...
por baixo da minha infância!
Companhia muito bonita a que deste às fotografias!
É mesa e pão, a bênção completa.
Um abraço, Sobralfilho
Fernando paulo,
O cenário é mesmo no cabecinho de baixo.
E olha que havia bolas de trapos que eram um primor de perfeição!
Anónimo,
Sim o trigo era raro. Mas tb havia um pouquinho que era guardado para as filhós e para o "trigo marelo".
Farnando Pinto,
A figueira era aquela do ti-Joaquim Morgado?
Zef,
Ando sempre em boas companhias, raras vezes dou uma topadela!
Olha, mas às vezes (lá) acontece.
Zef,
Perdão, lá me esqueci do abraço que abraço...com o braço.
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