quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ESTE SILÊNCIO

Este silêncio triste e sem grão...

10 comentários:

Mariita disse...

A foto é tão bonita que não merecia tanta melancolia...

sobralfilho disse...

Mariita,

Poderá ser (ou não) melancolia... mas saudade é de certeza: Penso que o meu quinhão
naquele moinho é de 1/22 avos, ou seja tenho/tinha um dia em cada andada. E agora o contraste: tenho moinho e não tenho grão...

virgilio neves disse...

sobralfilho em frente desse moinho ficava a "fronteira" até onde iam as minhas brincadeiras e correrias de rua. Do lado oposto ficava a outra fronteira que era á tua porta ou por baixo, no forno do luguer ou Fundo do Lugar?
Um dia,depois de me fartar da rilha,do saltivão e dos outros galapitos de 7 ou 8 anos como eu,dei comigo a rodopiar em frente ao rodízio do moinho e descobri que ele deixava de rodar enquato eu rodava.!!! Mais tarde não estranhei muito quando o prof.de matemática me ensinou que "menos por menos e menos com menos" dá mais. Tem lógica ?
N'OUTRA OCASIÃO fiquei observando o meu Ti'lexandre ajoelhado horas e horas a "picar" cada centímetro daquela mó, e ao ver o suor correr-lhe pela testa, entendi porque diziam os homens na minha taberna "como é dura a p. da pedra...quer dizer: - da vida vida." Felizmente tenho algumas fotos desses e de outros recantos, mas gosto mais das tuas. É como a da galinha da vizinha...
E quem tem moinhos ainda pode vir a ter grãos...só precisas ter a terra e umas demãos. Gostaria de ajudar-te a cozer e a comer o pão numa daquelas forfogas.
abraços para ti.

sobralfilho disse...

Virgílio neves,
Bem, não sendo matemático,tão pouco físico, não entendo muito bem a razão pela qual o rodízio deixava de rodar tendo à frente um galapito a rodopiar... A não ser que outro galapito fosse colocar uma pedra na boca da cale... Ou o rodopiar - andar à roda - deixava-te com vertigens!

Quanto a poder vir a ter grãos, também tenho terra (detrás do teu antigo Casal da Pires) com giestas e que outrora deu muito centeio.
- O que não tenho é (de)mãos...

Se tens fotografias publica-as. As minhas também não são grande coisa... Estou a editar fotografias cujas películas têm cerca de 40 anos depois há o problema do pó e dos riscos.

Um abraço.

virgílio neves disse...

sobralfilho, quando vamos num autocarro ou outro veículo em andamento ao lado de outro também em andamento (até pode ser um comboio)se olharmos para ele, não parece que estamos ambos parados?
Daí que, eu a rodar e o rodízio também,ao olhar para ele parecia-me parado.

sobralfilho disse...

Virgílio neves,
Certo. Tens razão.

(Eu já sabia que não chegava aos calcanhares de Colombo! Ou melhor, não vi o ovo,nem gema, nem clara.)

famel disse...

Dá-me um gozo tremendo ver-vos trocar estas opiniões!
E também nunca me canso de ver fotos de recantos sobralenses. Podem ser dos mesmos sitios, mas em cada foto há sempre algo novo ou algum pormenor no qual não tinha reparado!!! No caso desta foto foram os blocos de cimento no telhado... quem diria que num telhado cheio de lajes ainda era preciso colocar uns blocos!
Uns seixos da ribeira também serviam eheheh

sobralfilho disse...

Olá, Famel

E se verificares melhor, a pavieira da porta de saída da água tem 1/4 de uma viga; do lado direito, nota-se que a parede foi remendada com cimento, assim como a + ou - 30 cm contados a partir do telhado.

São estes pequenos concertos com base nos novos materiais que evitam que o moinho "vá por água abaixo"...
(E para o artista foi-lhe mais fácil colocar lá os blocos do que ir à procura de seixos. Claro que ficavam lá bem ou pedras iguais às da parede.)

Mariita disse...

Por isso, é que existe no "nosso dicionário" para além da saudade o "desenrascanço"com que vamos "remediando" males maiores... E que o moinho dure e dure...

sobralfilho disse...

Mariita,

Sim, mal ou bem o importante é que aguente mais uns tempos. A contar da Laje, aquele é o quarto moinho que me parece (se estiver errado corrijam-me)estarem em razoáveis condições de utilização.
E já que se fala em tantas "rotas" porque não "uma" dos moinhos da Laje à Foz-da-gesteira!