sexta-feira, 15 de maio de 2009

A rota!

Na rota de um rio… De mel.

10 comentários:

famel disse...

Magnificas abelhas que vivem no rodopio de uma vida de trabalho, para nos saciar com esse magnifico nectár que é o Mel!

sobralfilho disse...

Sim, as incansáveis abelhas que segundo dizem estão a desaparecer!
(Será verdade?)

Anónimo disse...

Caro amigo Antonio,
e aonde foram tiradas as fotos dessas abelhas que nos mostras?

Foi no Tarrastal? Em Belmonte? Ou nessas antigas do ti... Alberto Abrantes?
No Tarrastal havia poucas... era
muito frio! E actualmente concerteza muito menos.

Mais uma vez obrigado pelas lindas portas que nos divulgas para relembrar o que era a nossa aldeia... antigamente!

Sem qualquer dùvida que mereciam ser restauradas, como testemunho à arte desses nossos artistas... a quém chamavamos... pedreiros.

Obrigado pelas lindas recordaçôes, que nos trazem tanta saudade... a nos os mais antigos... velhos?

Sem dùvida... os mais velhos.

sobralfilho disse...

Anónimo,

Estas fotos foram tiradas na Cabrieira, nos anos (19)70.
E no momento, estava-se a transferir parte das abelhas para um novo cortiço, o que acontecia geralmente no mês de Abril.

No Tarrastal, o meu pai tinha muitas colmeias de cortiça e de madeira. E nunca teve razão de queixa, o frio não as incomodava muito, pois elas lá tinham as suas (eficientes) defesas.

Actualmente aquele Tarrastal melífero acabou.

- Preocupante é o facto de, segundo consta, as abelhas estarem a desaparecer. Saem do cortiço e por causas inexplicáveis não regressam. Parece que a comunidade científica ainda não tem respostas exactas!

Quanto às portas continuaremos...

famel disse...

O meu pai deixou a apicultura porque nos ultimos anos tem acontecido muito isso nas suas colmeias.
É triste e frustante depois de tanta dedicação elas desaparecerem sem qualquer razão.
E ele que até gostava de ser picado pelas abelhas pois sentia (curiosamente) um alivio das dores provocadas pelas artoses.

Mariita disse...

É de facto intrigante o que se passa com as abelhas, mas talvez estejam a emigrar para outros continentes. É uma perda enorme, não só pelo delicioso mel, mas também pela contribuição que as abelhas dão ao equilíbrio ambiental.

sobralfilho disse...

Não será isso, Mariita,
É sabido que elas obdecem cegamente à abelha-mãe, "a mestra" como se diz no Sobral. E esta nunca sai do cortiço ou da colmeia. Sem "a sua grande líder" elas acabam por morrer.
Consta-se que elas, as abelhas obreiras, saem da casa para procurar comida e nunca mais voltam. A mestra e as outras guardiãs da colmeia ficam sem as suas operárias e acabam também por morrer também.

Pelo que será de concluir que haverá outras causas.

Anónimo disse...

Sobralfilho:

Desculpa-me, vou dedicar-te este poema de Manuel Neto dos santos

Hei-de fazer, de peito aberto, uma colmeia
Onde a amizade - a abelha mestra - há-de reinar
Tendo a seu mando um grande enxame, no lugar
Aonde os favos do amor irão ficar
Sob o calor do sol de Maio, ou a lua cheia.
Por entre os prados verdejantes do respeito
As sensações, laboreando no seu voo,
Encontrarão néctares diferentes, que vos dou
E de cuja essência o meu ser vai sendo feito.

Hei-de fazer, de peito aberto, sem canseira,
O entendimento pelas flores de tons diferentes.
Céus, como eu quero não descriminar as gentes
Só porque em próprio diteito elas são crentes
Num deus diverso, que adoram de outra maneira...
Assim entrego, de bom grado, o mel já feito
Que a abelha mestra me levou os prados férteis.
Se porventura não for isto o que entendeis
Sinto que outra coisa não tenho no peito.
Maria Ideias

sobralfilho disse...

Maria Ideias,

Gostei. Bem-hajas pelo teu gesto. O mel é bom e a amizade também. Não conhecia este poeta.

Anónimo disse...

Cheira-me que anda por ai a varose.