terça-feira, 4 de maio de 2010

Ir semear batatas...

Antes que o FMI e a Sra. Angela Merkel me dissessem: Vai para a tua Terra, pá – plantar (ou será que é semear?) batatas. Eu fui semear batatas. O pior é se eles não mas deixam cavar…

8 comentários:

Fernando Pereira disse...

sempre gostei de ver o terreno plantado a maneira do Sobral com as leiras e regos tudo direitinho, eu se nao usar um fio fica tudo torto, parabens para os semeadores.

F.Paulo disse...

Tu que as semeas-te,quando as fores cavar vê bem se não te esqueces-te onde as escondes-te porque ás tantas vêm todas partidas.
É bom recordar como se fazem ainda as coisas, porque qualquer dia as Agências de Raitting obrigam-nos reinventar técnicas ancestrais de sobrevivência.

Manuel Faustino disse...

Acho que tens razão, Caro Sobral Filho. Da parte que me toca, teremos que levar a conselho familiar a recuperação da Giesteira, do Cadaval e das Barrocas de Muro, «amplas» leiras ora ao abandono, como suporte de resistência num cenário de recuo, para aí «samearmos» (que assim é que é português puro e duro, à moda da Terra, se diz!)as batatas; darmos um jeito nas ol'veiras, não para que voltem a servir de W. C. (Ó Toino, onde 'stá tê Pai? Foi às ol'veiras... - lembras-te?), mas para que voltem a cobrir-se da azeitona que depois dá o líquido amarelo; voltar a fazer a boucha, para ver nascer e crescer uns tufos de centeio; reparar o palheiro e planear a compra de duas ou três cabras para que não falte leite e um ch'bito prá Páscoa; afiar a roçadoira, que mato, apesar dos fogos, não falta! Crise = Regresso à ruralidade? O futuro a Deus pertence... Mas «rever» o passado que foi ontem... é apenas uma forma de voltar a ser menino!
Manuel Lopes Faustino

sobralfilho disse...

Fernando Pereira,

Eu também deixo tudo torto. Mas estou em Portugal... Mas, aí pelo Canadá... as enxadas já devem ter raios laser e, por isso não deverá haver razão para deixares os regos tortos... (lol)

Fernando Paulo,
Os "amigos" do Rating gostam mais dos Euros e não tarda nada vão entrar nos bolsos...


Manuel Lopes,

Eu como estava mais perto da Ribeira servia-me das suas margens...
A recuperação agrícola está cada vez mais longe! Já não temos genica que baste. E os mais novos não tem Ministro...

Mariita disse...

De plantar batatas nada sei... mas, agora que leio as saudades campestres em cada palavra vossa, eu, que sempre disse não ter nascido para guardar cabras... até estava tentada a arranjar duas chibitas e semear uma leirita...

sobralfilho disse...

Mariita,
Bem, as Barrocas do Muro estão longe! Se te tentares arranja uma leirita mais perto...

Mariita disse...

Estão longe, de facto, e a minha inabilidade como condutora de 4 rodas não permite encurtar a distância... a bicicleta com quem me dou melhor também requer força nas canetas, para as subidas e não sei se a teria... felizmente o meu Zé, tão apaixonado por aquela terra ainda mais do que eu, vai-me levando e, juntos damos por lá umas voltas bem agradáveis, ainda que mais trabalhosas para ele, empenhando em cortar silvas e limpar medronheiros… mas com pouco resultado visível pelo pouco tempo que tem sido possível dedicar á causa…
Ainda assim, as Barrocas do Muro, são o meu (nosso) lugar de eleição. Imagino-me por lá a reconverter aquilo numa quintinha ecológica para deleite dos meus netos, sobrinhos netos e de toda a criançada que quisesse passar por lá uns fins-de-semana ou férias.
No tempo livre que me restasse, sentar-me-ia nas fraguitas junto da palheira, absorvendo os cheiros, as cores e olhando o infinito…

sobralfilho disse...

Mariita,

Ainda bem que gostas das Barrocas do Muro! e não cortes as silvas todas... e cuida bem dos ervedeiros! É uma planta/arbusto bonita: Folhas, flores e frutos. E fazes muito bem em imaginar-te naquele lugar com a pequenada à volta. Nota que já se começa a falar de Hortoterapia!