Gostava de deixar uma nota. Mas nada me ocorre, perante a surpreendente simplicidade! Talvez fazer a ponte: entre o olhar do menino sem nome, de pé e com o futuro na frente, um olhar para cima, de esperança, talvez de sonho; e o olhar de um homem (o Ti João dos Tamancos), postado um pouco mais abaixo, sentado no seu cansaço de uma vida já vivida, olhando para o lado como quem olha para trás ou para o passado já ido e sem retorno, num sonho quase a terminar na terra fria da barreira! Sobralidade tridimensional! Obrigado Sobralfilho por estas pequenas maravilhas com que nos brindas! Manuel Faustino
Se a fotografia é do início dos anos 70 o menino sem nome chamava-se José.Era o filho mais velho da Antónia e do Zé Tomé, pai da Susanita, cujo olhar de esperança e talvez de sonho, como diz Manuel Faustino,teve um futuro pouco risonho. Que Deus o tenha acolhido na Sua Presença e paz à sua alma.
Esse "mirar" outro olhar... talvez, então, fosse para uma varanda, onde debruçada gentil menina cantaria: Mira-me, Miguel... (neste caso seria José) como estou de bonitinha saia de burel camisinha de estopinha.
Não são as palavras originais, do dialecto Mirandês, mas cantava-se assim, outrora no Sobral, quando a música enchia os campos e as ruas dando musicalidade à dureza da vida, tornando mais doces os corações empedernidos … falta música na minha terra…
Penso que sim. E também de receitas culinárias antigas. (estou, por exemplo, a lembrar-me dos "miaus" - Aqueles bolos fritos feitos de centeio e envolvidos em mel que se comiam no tempo da ceifa do centeio principalmente no dia da malha).
15 comentários:
António os meus parabéns, está espectacular e deve datar dos anos 72 - 74 se não me engano. um abraço.
E o que "mirava" esse olhar tão sereno?
virantu,
Não me lembro. Mas terá sido nessa data.
Mariita,
Provavelmente "mirava" outro olhar!
Simplesmente Fantástica ;)
OK, Ferruki
Gostava de deixar uma nota. Mas nada me ocorre, perante a surpreendente simplicidade! Talvez fazer a ponte: entre o olhar do menino sem nome, de pé e com o futuro na frente, um olhar para cima, de esperança, talvez de sonho; e o olhar de um homem (o Ti João dos Tamancos), postado um pouco mais abaixo, sentado no seu cansaço de uma vida já vivida, olhando para o lado como quem olha para trás ou para o passado já ido e sem retorno, num sonho quase a terminar na terra fria da barreira! Sobralidade tridimensional! Obrigado Sobralfilho por estas pequenas maravilhas com que nos brindas!
Manuel Faustino
Manuel,
E, assim, uma vida no fim outra no princípio convergindo nesta Sobralidade que nos empurra!
Se a fotografia é do início dos anos 70 o menino sem nome chamava-se José.Era o filho mais velho da Antónia e do Zé Tomé, pai da Susanita, cujo olhar de esperança e talvez de sonho, como diz Manuel Faustino,teve um futuro pouco risonho. Que Deus o tenha acolhido na Sua Presença e paz à sua alma.
Esse "mirar" outro olhar... talvez, então, fosse para uma varanda, onde debruçada gentil menina cantaria:
Mira-me, Miguel... (neste caso seria José)
como estou de bonitinha
saia de burel
camisinha de estopinha.
Não são as palavras originais, do dialecto Mirandês, mas cantava-se assim, outrora no Sobral, quando a música enchia os campos e as ruas dando musicalidade à dureza da vida, tornando mais doces os corações empedernidos … falta música na minha terra…
Recordação,
Desconhecia essa precoce partida do rapaz e também o seu nome.E como tu dizes Paz à sua alma.
Mariita,
Existe (ainda) a varanda. Mas está num ponto mais alto. O ponto de vista fotográfico foi do Balcão.
Tenho saudades das canções antigas que estão sumidas da minha memória.
Lança o repto no Blogue do Sobral para se "reinventarem" essas canções.
Acha que vale a pena?
Talvez a Primavera me traga alento...
esse rapaz e o virgilio e nao o jose
Mariita,
Penso que sim. E também de receitas culinárias antigas.
(estou, por exemplo, a lembrar-me dos "miaus" - Aqueles bolos fritos feitos de centeio e envolvidos em mel que se comiam no tempo da ceifa do centeio principalmente no dia da malha).
Anónimo,
Pois,não sei. Não me lembro de nenhum deles.
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