(Continuação)
De posse do “imóvel” os meus frenéticos vizinhos da família “Passeridae” de imediato fizeram as necessárias obras de adaptação de modo a proporcionar o conforto mais adequado aos seus descendentes. Assim, sem tempo para se candidatarem ao “Querido Mudei a Casa”, decidiram fazer as referidas obras, por administração directa: Deitaram fora o “forro” do ninho que, por falta de transporte para o Ecoponto da Fórnea, ficou ali ao pé da porta a ser utilizado como cortina anti-moscas. Colocado o novo forro, concentraram toda a sua acção na firme intenção de perpetuar a espécie. Há seis dias que ultrapassamos a primeira metade de Julho, no ninho ouvem-se os jovens pardais a reclamar comida. Os progenitores acodem à chamada e num vai e vem contínuo asseguram a entrega do alimento.
São, como disse, meus vizinhos e apesar de me debicarem a alface, sem autorização, não me dão muita confiança. Quando me aproximo do ninho, rodeiam-se de todos os cuidados para não dar nas vistas. Vêm ambos e cada um traz a sua pizza. Poisam nas proximidades e tentam distrair-me com pequenos voos e chilreios curtos. Passados alguns minutos, um avança e coloca-se na parede que suporta o ninho e “pé ante pé”, aproxima-se. O outro parceiro, continua por perto, com as suas habilidades. O trepador chega ao destino começa a distribuir a comida uma, duas, três vezes. E num voo rápido sai do ninho. É o momento do outro parceiro fazer a sua entrega. Só o faz uma vez. Voa directo para o ninho e sai com rapidez.
– E,
– Ah! Os putos. Depois das primeiras lições já andam por aí na rua a aprenderem a ser pássaros…
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Os senhores da guerra são agora uns pais babados |
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"Sorrateiramente" aproxima-se |
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Mais um passo |
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Este tenta as suas habilidades |
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Finalmente, chegou |
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Já volto! |
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As primeiras lições... |
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Higiene, |
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Gastronomia, |
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E voo |
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