(…)
Chamados pilhas na região de Arouca (Vilar 1998), apelidados
trabalhadores do Kilo pelo
Padre Manuel Vaz Leal (1945) nas Minas da Panasqueira, na memória
dos populares da Gaia, estes prospectores por conta própria, muitas
vezes ao arrepio da legislação, tomam a designação de salta
e pilha. O termo, embora possa
fazer transparecer tratar-se de uma actividade repentina, casual e
sem preparação, na realidade implicava toda uma escala de
planeamento na alocação de materiais, conjugação de esforço
laboral de cuidado na selecção dos locais a explorar, assim como a
vigilância dos mesmos. Não existe uma fronteira clara entre o salta
e pilha que esporadicamente
subia a serra com um ou mais parceiros para explorar, às escondidas,
a riqueza do subsolo e o proprietário que promove a exploração do
minério nas suas próprias terras. Tanto num caso como no outro, a
ilicitude podia estar subjacente, visto o título de propriedade não
conceder automaticamente os direitos de lavra mineira ao dono. (…)
(Capitulo:
5.1.2. Extração mineira e produção agrícola
transformação
da estrutura produtiva e semi-proletarização)
Por
Pedro Gabriel Silva, em “No Rasto da Draga- exploração mineira e
protesto popular numa aldeia da Beira Baixa (1912-1980)” 1ª
Edição:2013. Editora: 100LUZ – Castro Verde (Portugal)
2 comentários:
Sobre o vale da Gaia e a recuperação dos solos para a agricultura, merece uma resposta atenta por parte dos serviços públicos e associações agricolas/autarquias,tema que se arrasta há mais de 40 anos e sem solução à vista.
Quem vai assumir este assunto nos próximos tempos?
E que bom desafio para a investigação agricola...
fs
Sobre o vale da Gaia e a recuperação dos solos para a agricultura, merece uma resposta atenta por parte dos serviços públicos e associações agricolas/autarquias,tema que se arrasta há mais de 40 anos e sem solução à vista.
Quem vai assumir este assunto nos próximos tempos?
E que bom desafio para a investigação agricola...
fs
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