quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Covilhã em 1785 - Inquéritos Pombalinos

(continuação)

Aldeia do Mato, talvez pela situação em terras úberes, mudou o nome para Vale Formoso[1].
Outras aldeias transformaram-se em freguesias. Vales do Rio desmembrou-se do Peso[2], o mesmo acontecendo a Cortes do Meio em relação ao Tortosendo.
S. Jorge da Beira[3] e Sobral de S. Miguel[4] em 1758 pertenciam a Casegas. Aldeia de S. Francisco de Assis, então Bodelhão, era anexa a Dornelas[5].
Após esta breve explicação sobre as alterações de freguesias entre os quadros 3 e 4 analisemos este último.
Aparece uma nova cultura, a batata, em situação privilegiada. O milho mantém o 2º lugar. O centeio, largamente ultrapassado pelo trigo, coloca-se em posição modesta. A castanha deixou de ter interesse económico.

O quadro foi feito tendo em conta as respostas das juntas de freguesia a um inquérito em que se pediam os três produtos com maior incidência na sua área administrativa. É pena que não indiquem a ordem de grandeza e fosse esquecida a vinha.

[1] - Pelo Decreto nº 37 504 de 6-8-1948.
[2] - O Peso veio a perder a Coutada que passou para a jurisdição do Barco por decreto de 4-12-1872; o Pesinho agregou-se à freguesia de Alcaria por decreto de 7-9-1895; Vales do Rio foi erecta em freguesia.
[3] - Pelo decreto nº 43 263 de 21-10-1960 mudou o nome de Cebola em S. Jorge da Beira.
[4] - Chamado em 1758 simplesmente de Sobral, viu acrescido o nome, no séc. XIX, com o apelativo de Casegas, mudando para o actual pelo decreto-lei nº 69/70, de 27 de Fevereiro.
[5] - Esteve anexada à Barroca de 1864 a 1895; passou para o Ourondo por decreto de 7-9-1895; constitui freguesia por decreto de 19-7-1901; muda para o actual nome pelo decreto nº 15 868, de 15-8-1928.
Por Gabriel dos Santos

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