Enfim podemos imaginar os isqueiros que utilizavam essas pedras e ainda mais os cigarros que deviam ascender !
E, imaginar também os bolsos do Lob's (ja nâo digo as calças) onde ele metia as pedras para lançar uns aos outros (amigos)?... Fixa !!! Eu nao serei nunca seu amigo!
Quantos caramulos partiu o Lob's com essas tais pedras?
Caramba, por sinal, as minhas pedras eram mais pequenas. E só uma vez em Carvalho é que atirei uma pedra à minha irmã Teresa e parti-lhe a cabeça. De resto, os meus bolsos andavam cheios de berlindes ou fósforos para jogar ao RAPA detrás da Sacrístia... E, no tempo dos grilos, uma caixa de fósforos vazia, um grilo lá dentro uns farrapos de alface ou sarradela e eis um grilo cantante na Igreja, em pleno Terço, O que por vezes valia uma bofetada do padre Pedro!
O sr. Padre deveria era agradecer a música do grilo, também criatura de Deus, portanto com direito a estar na casa d´Ele. Terá faltado ali uma liçãozita do Francisco de Assis?
Mariita, O sr. padre, os senhores padres que passaram pelo Sobral, cada um por variadas razões, quando chegaram/em à "direita de Deus Pai", ser-lhes-á perguntado por que não ouviram/deixaram ouvir os "grilos"...por que não souberam estar dos "dois lados da margem".
O RAPA era um jogo de "azar". Já não me lembro da temporada do RAPA. Sei que durante o ano havia temporadas para todos os jogos existentes no Sobral naquela época. O pião, o ferrado, bilharda etç. No RAPA a garotada anda sempre com os bolsos cheio de fósforos por "experimentar" (agora lembrei-me da anedota que se conta por aí do Samora Machel). E não havia incêndios...
Aqui,na minha nova terra à beira- -mar plantada, onde hoje festejei o Dia da Criança com os meus putos, ainda ouço os grilos e os garotos que falam muitas Línguas, numa sinfonia bela, entrelaçada pelo som do mar! Que bonitos seriam estes sons com o "Tantum ergo, sacramentum..." na voz melodiosa de quem não percebia o que estava a cantar, mas sentia que "falava" ao divino!
Apesar de tudo, vai havendo Terço, mesmo sem - "Tantum ergo, sacramentum..." e os grilos ainda cantam. Mas... - "só cidades, só países e sem garotos" - é uma realidade que até me gela a alma! Felizmente já tenho dois netos e, as suas brincadeiras e risos fazem-me esquecer o outro lado dessa "negrura"...
Pela minha parte,Mariita, Sei que há hábitos que perdi: Não vou ao terço, já não sei cantar o Tantum ergo sacramentum (mas gosto muito das música/cantos gregorianos), sei e observo que os grilos cantam menos e já fogem mim...
E também sei que há garotos nas Cidades, que não têm espaços para jogar ao pião, à bilharda, ao ferrado, espaços verdes com grilos para agarrarem e ver se eles tem "boa pinta". Sabes que no meu tempo ter um grilo "com boa pinta" era o mesmo que ter um Pavarotti em casa ou um Mercêdes na garagem... Por vezes havia trocas/compras entre a garotada.Podia-se comprar um por uma navalha, ou um caixa de fósforos ou um pião. Que os teus netos tenham sempre espaço...
...Rolantes.
17 comentários:
Estas pedras eram das que os Romanos atiravam às cabras?
Espero que elas não rolem... pelo menos nos séculos mais próximos, seria mau sinal. Mas que são imponentes e lindas não há dúvida nenhuma!
Anónimo,
Provavelmente não. Serão antes "uma espécie" de pedras de isqueiro desses tempos...
Mariita,
Também estou interessado em que elas não rolem por ali abaixo! Se não "era uma vez"... que uns gatos pingados encontrariam a Atlântida...
Pois é!. Até parecem as pedras que nós, em garoto, ao zangarmo-nos, metiamos nas algibeiras, para as atirarmos uns aos outros!...
Enfim podemos imaginar os isqueiros que utilizavam essas pedras e ainda mais os cigarros que deviam ascender !
E, imaginar também os bolsos do Lob's (ja nâo digo as calças) onde ele metia as pedras para lançar uns aos outros (amigos)?... Fixa !!! Eu nao serei nunca seu amigo!
Quantos caramulos partiu o Lob's com essas tais pedras?
Lob's,
Caramba, por sinal, as minhas pedras eram mais pequenas. E só uma vez em Carvalho é que atirei uma pedra à minha irmã Teresa e parti-lhe a cabeça. De resto, os meus bolsos andavam cheios de berlindes ou fósforos para jogar ao RAPA detrás da Sacrístia... E, no tempo dos grilos, uma caixa de fósforos vazia, um grilo lá dentro uns farrapos de alface ou sarradela e eis um grilo cantante na Igreja, em pleno Terço, O que por vezes valia uma bofetada do padre Pedro!
Anónimo,
E podemos imaginar dizer, assim:
Com animais (amigos) destes quem é que precisava de Dinossauros?
Carvalho - Tua irmã Teresa - jogar ao RAPA, Padre Pedro --- ainda não consegui?
Continuo pesquisando!...
Maria Ideias
O sr. Padre deveria era agradecer a música do grilo, também criatura de Deus, portanto com direito a estar na casa d´Ele.
Terá faltado ali uma liçãozita do Francisco de Assis?
Mariita,
O sr. padre, os senhores padres que passaram pelo Sobral, cada um por variadas razões, quando chegaram/em à "direita de Deus Pai", ser-lhes-á perguntado por que não ouviram/deixaram ouvir os "grilos"...por que não souberam estar dos "dois lados da margem".
Maria Ideias,
O RAPA era um jogo de "azar". Já não me lembro da temporada do RAPA. Sei que durante o ano havia temporadas para todos os jogos existentes no Sobral naquela época. O pião, o ferrado, bilharda etç. No RAPA a garotada anda sempre com os bolsos cheio de fósforos por "experimentar" (agora lembrei-me da anedota que se conta por aí do Samora Machel). E não havia incêndios...
Mariita e Fernandopinto,
Concordo convosco. A garotada levava porrada, mas só doía quando ela caia.
Era giro ouvir o povo, no Terço, a cantar "o Tantum ergo" e os grilos também a cantar!
Que tempo estes: Hoje "já não há" Terço, já não há grilos, já não há garotos...
sobralfilho,
Aqui,na minha nova terra à beira-
-mar plantada, onde hoje festejei o Dia da Criança com os meus putos, ainda ouço os grilos e os garotos que falam muitas Línguas, numa sinfonia bela, entrelaçada pelo som do mar! Que bonitos seriam estes sons com o "Tantum ergo, sacramentum..." na voz melodiosa de quem não percebia o que estava a cantar, mas sentia que "falava" ao divino!
"Parecem bandos de pardais à solta, os putos!"
Abração
Fernando Pinto,
E um dia... haverá só cidades!
E um dia... haverá só Países
sem garotos!
Apesar de tudo, vai havendo Terço, mesmo sem - "Tantum ergo, sacramentum..." e os grilos ainda cantam.
Mas... - "só cidades, só países e sem garotos" - é uma realidade que até me gela a alma!
Felizmente já tenho dois netos e, as suas brincadeiras e risos fazem-me esquecer o outro lado dessa "negrura"...
Pela minha parte,Mariita,
Sei que há hábitos que perdi:
Não vou ao terço, já não sei cantar o Tantum ergo sacramentum (mas gosto muito das música/cantos gregorianos), sei e observo que os grilos cantam menos e já fogem mim...
E também sei que há garotos nas Cidades, que não têm espaços para jogar ao pião, à bilharda, ao ferrado, espaços verdes com grilos para agarrarem e ver se eles tem "boa pinta". Sabes que no meu tempo ter um grilo "com boa pinta" era o mesmo que ter um Pavarotti em casa ou um Mercêdes na garagem...
Por vezes havia trocas/compras entre a garotada.Podia-se comprar um por uma navalha, ou um caixa de fósforos ou um pião.
Que os teus netos tenham sempre espaço...
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